domingo, 20 de maio de 2012

A nova forma de pensar da Filosofia Moderna culminou no Racionalismo (René Descartes) e no Empirismo (Francis Bacon, John Locke, David Hume) e preparou, de certa forma, o caminho para o Criticismo Kantiano. Detalhe cada uma dessas correntes.

A presença de Descartes no cenário moderno marca decididamente toda a história do pensamento filosófico. Ele delimita a modernidade: o surgimento do subjetivismo como apelo ao homem criador, dominador e conquistador da natureza – o homem pensante. Diferentemente de Galileu que via a verdade como instalada no mundo, Descartes afirma certo “reposicionamento” do homem, explicando melhor a constituição de uma racionalidade moderna. A importância de Galileu é indiscutível, pois pensou um novo tipo de homem, que se tornara livre para conhecer a realidade que o cercava. Mas o pensamento de Galileu limitava o homem a mero espectador, não determinante do conhecimento sobre a natureza, cabendo a ele simplesmente a tarefa de reconhecimento das leis matemáticas e mecânicas do universo. Podemos dizer que Descartes comumente chamado de principal pensador da racionalidade moderna, iniciou seu projeto perguntando-se sobre como é possível conhecer a realidade? E a sua resposta foi clara: só podemos conhecer a realidade pela razão. A isso chamamos de RACIONALISMO. E juntamente a esta questão, a problematização da verdade não mais como dada pelo mundo externo, físico, natural (como em Galileu), mas sim como uma qualidade própria do homem como ser pensante, assim, a partir de Descartes, a verdade é representada subjetivamente, isto é, na consciência do homem e não no mundo.
O ponto de partida da reflexão humana está em considerar que todo conhecimento que se refere ao mundo começaria com a experiência, fundando-se na percepção. Contudo, o autor considera a percepção de duas maneiras: impressões e idéias. As impressões seriam as percepções mais vivas sentidas pelo sujeito, como as sensações que se tem das cores, dos sons, de uma paisagem, de uma dor, de estados de tristeza e de alegria. As idéias, de modo diferente, seriam cópias das impressões, imagens mais pálidas que resultariam da forma como o sujeito refletiria sobre as impressões ao usar a memória ou a imaginação. Uma criança, ao colocar o dedo numa tomada, poderia ser vítima de uma descarga elétrica capaz de produzirlhe uma impressão, porém; todas as vezes que lembrar ou imaginar essa experiência, ela tomará contato com uma idéia, com uma cópia modificada dessa mesma vivência. Assim, se as idéias seriam aquilo que expressaria um pensamento, então seria impossível existir pensamento ou ideia que não tivesse por origem uma ou ma i s impressões. Levando em consideração esse tipo de raciocínio, os cegos ou surdos de nascença jamais seriam capazes de desfrutar de uma idéia, pois alguém que tivesse o seu aparelho perceptivo danificado seria incapaz de conhecer alguma coisa.

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