FILOSOFIA e FILOSOFIA DE VIDA
A chamada “filosofia de vida” está relacionada à mera opinião, cujo
termo grego é doxa, ou seja, a uma especulação rasa e simplista sobre as coisas, sem
nenhum conteúdo rigorosamente reflexivo. O que temos na “filosofia de vida” é
uma concepção de mundo que o homem acaba desenvolvendo para uso pessoal.
Trata-se, portanto, da “filosofia de cada indivíduo”, da maneira como cada um
procede diante dos fatos vivenciados no cotidiano, e nada além disso. Neste
sentido, todos nós temos uma “filosofia de vida”, um jeito de viver e um
comportamento próprio, um modo de ser. Na nossa primeira unidade, trataremos de
um tipo de filosofia que nos coloca questões cotidianas, mas que exige de nós
uma capacidade mais reflexiva e mais crítica sobre as coisas. Por isso, vamos
estudar as origens do pensamento filosófico na Grécia e sua influência sobre o
modo de pensar da idade média. A
pergunta é o ponto de partida do ato de filosofar. Todos nos sentimos
instigados a perguntar sobre as coisas, o mundo, a vida, a realidade. Todos nós
fazemos perguntas. Somos constantemente provocados a questionar, a nos
inquietarmos, a nos movermos sempre guiados por nossas curiosidades, nossas
dúvidas, nossas incertezas. Portanto, o surgimento da filosofia é algo
tipicamente antropológico. Só o homem pergunta só o homem responde. Um
cachorro, um gato, uma pedra, não fazem perguntas e nem respondem sobre as
coisas. A filosofia é uma invenção do homem. Somente o homem se angustia diante
dos mistérios da vida, diante da busca de profundidade para os problemas que
envolvem a sua existência.
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